terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Projeto de Roraima concorre a prêmio da Central Única das Favelas


O projeto Caminhada Arteliteratura, realizado pelo Coletivo Arteliteratura Caimbé em comunidades indígenas de Roraima, está concorrendo ao prêmio Anu 2012, concedido pela Central Única das Favelas (Cufa). O prêmio destaca ações desenvolvidas em todo o território nacional que contribuem para o desenvolvimento de espaços onde se identifica exclusão social.

Para votar, basta acessar http://www.votenopremioanu.com.br, clicar no mapa de Roraima, selecionar e votar no “projeto Caminhada Arteliteratura”.  O procedimento leva apenas um minuto.

A Caminhada Arteliteratura foi desenvolvida nas comunidades Boca da Mata, Sorocaima II, Vista Alegre e Campo Alegre, localizadas nas terras indígenas Raposa-Serra do Sol e São Marcos, municípios de Boa Vista e Pacaraima. Além disso, a equipe do Coletivo Caimbé foi às cidades de Palmares (Pernambuco), Novo Lino (Alagoas) e às comunidades ribeirinhas Carmo do Macacoari, São Tomé e Foz do Macacoari (Amapá).

Em todas as localidades foram realizadas oficinas de artes, criação literária, distribuição de livros e implantação de bibliotecas comunitárias. No Amapá, os trabalhos foram realizados em parceria com o Movimento NossaCasa de Cultura e Cidadania. Os recursos para a fase 2011 da iniciativa foram obtidos com a bolsa Funarte de Circulação Literária. Para saber mais, basta acessar o blog www.caminhadaarteliteratura.blogspot.com.

“A indicação ao prêmio Anu é uma honra para o coletivo, que está buscando parcerias para continuar realizando em 2012 o trabalho de levar a produção literária de Roraima e do Brasil às comunidades. Esta é uma ação com resultados que devem vir a médio e longo prazo, contribuindo para o desenvolvimento do povo indígena. Para fortalecê-la, contamos com o voto de todas as pessoas que militam ou têm simpatia por esta causa”, diz o jornalista e escritor Edgar Borges, criador e responsável pelo projeto.

Para ele, a Caminhada Arteliteratura permitiu interiorizar a produção literária regional em Roraima, geralmente reduzida à divulgação na capital Boa Vista. As comunidades indígenas receberam a visita de escritores e oficineiros que apresentaram a literatura de uma forma diferente da usual, geralmente restrita às aulas de português.

O Coletivo Arteliteratura Caimbé é uma associação roraimense que realiza atividades de estímulo à leitura, principalmente, e outras formas de arte. Para conhecer mais sobre os trabalhos que desenvolve o grupo, acesse www.caimbe.blogspot.com ou escreva para coletivocaimbe@gmail.com.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Vote na Caminhada Arteliteratura para receber o prêmio Anu 2012 - CUFA

O Coletivo Arteliteratura Caimbé concorre em Roraima ao Prêmio Anu 2012, ofertado pela Central Única das Favelas, com o projeto Caminhada Arteliteratura,  realizado em comunidades indígenas e ribeirinhas de Roraima e Amapá, além de Pernambuco e Alagoas, neste ano.
Para conquistar o Prêmio Anu em Roraima, precisamos que o maior número de pessoas participe votando na Caminhada Arteliteratura.

É preciso apenas acessar este link  e fazer um pequeno cadastro no site (nome, e-mail e cpf somente).

Depois, o eleitor recebe uma senha, volta pro site da Cufa e vota na Caminhada.

Bem simples, né? Não leva mais que um minuto tudo isso.

Contamos com a sua colaboração, seu voto e sua campanha para que seus outros amigos votem na gente. Quanto antes você votar, melhor.

Abraços a tod@s.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Projeto Caminhada Arteliteratura 2011 - Roraima, Pernambuco, Alagoas e Amapá

Zanny Adairalba, colega de Coletivo Arteliteratura Caimbé, fez um vídeo com muitas fotos mostrando as atividades do projeto Caminhada Arteliteratura em comunidades indígenas de Roraima, nas cidades de Palmares (PE), Novo Lino (AL) e em comunidades ribeirinhas do rio Macacoari (AP).

Clique para dar o play, comente, goste (esperamos) e recomende:
 

domingo, 25 de setembro de 2011

Contribuições paulistas à Caminhada Arteliteratura


Semana passada recebemos uma bela e emocionante contribuição para futuras jornadas do projeto Caminhada Arteliteratura. Estudantes da escola paulista St. Francis College enviaram cerca de 450 livros infantis e gibis para serem entregues nas comunidades indígenas de Roraima. 

Já havíamos falado sobre essa contribuição dos meninos do St. Francis em outra postagem. A movimentação começou estimulada pelo professor Alexandre Herbetta, que levou às salas informações sobre a Caminhada e estimulou o ato de cidadania dos jovens.
 
O material é muito rico e diverso. Com certeza será muito bem aproveitado nas bibliotecas que estamos ajudando a implantar e fortalecer no interior de Roraima.


 

Em nome de Daniel Diniz Niemayer, Guillerme Barton, Camila Cury e Briana O`brien, esse quarteto aí acima, deixamos aqui o nosso agradecimento a todos os alunos do St. Francis College. Também os parabenizamos pelo espírito colaborativo, pela iniciativa e pela persistência. Homens e mulheres começam demonstrando desde a adolescência o quão grandes seus espíritos podem chegar a ser.
 
Obrigado,
 
Equipe Coletivo Arteliteratura Caimbé.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Pororoca Cultural - Coletivo Caimbé no Amapá

Edgar Borges, integrante do Coletivo Arteliteratura Caimbé, participou de 25 de agosto a 3 de setembro da Pororoca Cultural, evento literário realizado em três comunidades ribeirinhas do Amapá pelos arte-educadores Jonas Banhos e Rita de Cácia, do Movimento NossaCasa de Cultura e Cidadania. 
 
Foz do Macacoari - Edgar 386

Edgar realizou oficinas de criação literária e apresentou nas comunidades a Mostra Fotográfica Curt@s Histórias e Poesias, de poemas e micronarrativas. As atividades aconteceram em Carmo do Macacoari, São Tomé e Foz do Macacoari, município de Itaubal. Dependendo da distância, as localidades ficam de 4 a 10 horas de Macapá, capital do Estado. 
 
Foz Macacoari Edgar 2011 191

NossaCasa 172


A viagem foi mais uma etapa do projeto Caminhada Arteliteratura, que congrega todas as atividades fora de Boa Vista feitas pela equipe do Coletivo Caimbé, e integrou-se o projeto Mochileiro Tuxaua, coordenado por Jonas Banhos e aprovado com o prêmio Tuxaua Cultura Viva, do Ministério d Cultura.


Neste link você pode ver outras centenas de fotos feitas por Edgar e Jonas e postadas no Flickr.

Veja também um vídeo com entrevista no programa Olimpio Guarany.



A jornada literária serviu para consolidar a parceria com o Movimento NossaCasa de Cultura e Cidadania, estabelecendo uma conexão litero-amazônica entre Roraima e o Amapá. Agora vamos em busca de outras conexões. Se você, caro leitor, for de outro estado, desenvolver atividades focadas em literatura e tiver interesse em parcerias, manda um e-mail para o Coletivo. Quem sabe a gente não se conecta também?


Acesse o blog Crônicas da Fronteira para ler o relato pessoal de Edgar sobre a viagem.

domingo, 14 de agosto de 2011

Coletivo Caimbé leva literatura roraimense ao Amapá

Promover entre os ribeirinhos do Amapá o prazer da leitura de forma lúdica e expor diversas manifestações artísticas. Com este objetivo, o Movimento NossaCasa de Cultura e Cidadania e o Coletivo Arteliteratura Caimbé estarão entre os dias 25 de agosto e 2 de setembro realizando uma Pororoca Cultural no Rio Macacoari.
 
A Pororoca Cultural vai acontecer nas comunidades São Tomé, Igarapé  dos Porcos, Foz do Rio Macacoari e Carmo do Macacoari, todas no município de Itaubal (AP). O Coletivo Caimbé será representado pelo escritor Edgar Borges, que dará continuidade às atividades do projeto Caminhada Arteliteratura, iniciado em janeiro deste ano.
 
A Pororoca terá diversas atividades: muita poesia; incentivo à leitura dos gibis doados na campanha de arrecadação feita pela NossaCasa (Confira neste link); contação de histórias pelos mestres das comunidades; artReciclagem; exibição de filmes educativos;brincadeiras com o Palhaço Ribeirinho; exercício de comunicação livre, com a Rádia Megafônica NossaCasa; oficina de fotografia e rodas de conversa sobre editais do Programa Mais Cultura do Ministério da Cultura - MinC.
 
Literatura que faz o mundo ficar pequeno

Edgar Borges vai levar ao Amapá as poesias da mostra de fotos e poemas “Curt@s histórias e poesias”, exibida em Palmares (PE) e Novo Lino (AL), e fará oficinas de criação literária. Também selecionou textos gravados de diversos autores para fazer uma mostra poética auditiva.
 
A realização da Pororoca Cultural é um das atividades do projeto Mochileiro Tuxaua Cultura Viva - Do Oiapoque ao Chuí, idealizado pelo arte-educador Jonas Banhos, premiado pelo Ministério da Cultura, por meio da Secretaria de Cidadania Cultural, com o Prêmio Tuxaua Cultura Viva 2010. Para conhecer mais sobre o projeto, acesse o blog Mochileiro Tuxaua.

Convidado pelo Coletivo Arteliteratura Caimbé, Jonas esteve em Roraima em maio deste ano para participar do projeto Caminhada Arteliteratura nas comunidades Boca da Mata e Sorocaima II. À época, a Caminhada ainda estava sendo feita com recursos da Bolsa Funarte de Circulação Literária. O compromisso com a Funarte encerrou mas o grupo decidiu que toda atividade fora de Boa Vista terá a rubrica Caminhada Arteliteratura. 
 
NossaCasa - O Movimento NossaCasa de Cultura e Cidadania nasceu em 2008, em Macapá(AP), com o objetivo de contribuir para a formação do novo cidadão. Seu foco principal é democratizar o acesso ao livro, à literatura e à leitura, sobretudo para as comunidades tradicionais/originárias da Amazônia, sejam elas ribeirinhas, de agricultores, extrativistas, quilombolas, assentados da reforma agrária, pescadores e/ou indígenas. 
 


Atividades da NossaCasa
 
O Movimento NossaCasa é formado por arte-educadores populares, voluntários, com origens na zona rural, que mochilam pelas comunidades montando equipamentos culturais (bibliotecas comunitárias, telecentro, cinceclube, brinquedoteca) e realizando rodas de leitura utilizando-se de diversas artes para atrair novos e velhos leitores. Já serviram de palco para suas intervenções: pontes, centros comunitários, casas de moradores, Igrejas, comunidades ribeirinhas, paradas de ônibus, praças públicas,Feiras de Livro, Escolas, Universidades, Encontros e Conferências de Cultura e Comunicação, nos Estados do Amapá, Pará, Roraima, Piauí,Ceará, Distrito Federal e Goiás. As atividades podem ser conferidas neste blog.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

No jornal Folha de Boa Vista: Projeto distribui livros e faz contação de histórias para crianças

Olha a matéria publicada no jornal Folha de Boa Vista nesta quinta-feira, 30 de junho, sobre a Caminhada Arteliteratura:


   

Foto:  Divulgação
Em Palmares , Pernambuco, foram visitadas seis escolas, realizadas nove rodas de leitura, junto com contação de histórias


NEIDIANA OLIVEIRA
neidiana@folhabv.com.br


Transformar a leitura em uma ferramenta de fortalecimento da cidadania e formar neo-leitores estão entre os objetivos do projeto Caminhada Arteliteratura, que durante esse ano realizou visitas às comunidades indígenas de Roraima e os municípios de Palmares (PE) e Novo Lino (AL). O projeto iniciou em janeiro deste ano e foi concluído neste mês com todas as metas alcançadas.


A iniciativa partiu de um projeto idealizado e executado pelo grupo Zanny Adairalba, Tana Halú e Heloisa Brito, coordenado por Edgar Borges. O projeto foi contemplado no processo seletivo da Bolsa de Circulação Literária da Fundação Nacional de Artes (Funarte).


O coordenador comentou que a trajetória se estendeu de janeiro a maio, quando foram feitas duas visitas em quatro comunidades indígenas: Campo Alegre, Vista Alegre, Boca da Mata e Sorocaima II.


Nesse período, foi feita a coleta de 1.110 livros de contos, prosas, crônicas e poesias, 78 revistas e 28 gibis, dos quais foram deixados cerca de 200 em cada local visitado e também em uma localidade que não estava prevista no projeto, que foi em Sorocaima I. 


“Com isso, ajudamos a implantar cinco bibliotecas comunitárias. Além disso, foram repassados para a biblioteca do Museu Integrado de Roraima cerca de 246 livros técnicos e didáticos arrecadados durante a ação complementar”, explicou.


Durante as visitas, a equipe realizou rodas de leitura, contação de histórias, oficinas, exposições de foto poemas, micronarrativas, sessão de artes plásticas, com trabalhos feitos com massa de modelar e também contavam com a presença de escritores roraimenses, o que incentivava as crianças a terem um interesse na leitura e na literatura. 


Borges destacou que, conforme o previsto no projeto, o grupo deveria realizar uma atividade fora da região Norte. “Foi então que, no começo de junho, viajamos para o Nordeste, especificamente para o Município de Palmares, em Pernambuco, e depois fomos convidados pelo professor Adalberone André Santiago, de Palmares, para irmos a Novo Lino, em Alagoas”, disse.


Em Novo Lino foi visitada uma escola e realizadas duas rodas de leitura, junto com contação de histórias, proporcionando um resultado de 150 pessoas atingidas pelo Caminhada Arteliteratura. “Foi surpreendente, já que esta localidade não estava prevista no projeto”, disse o coordenador.


A intenção da equipe na segunda etapa em Pernambuco era fazer seis rodas de leitura, porém foram realizadas onze. “Na primeira visita, atingimos 228 pessoas, na segunda foram 223 e fora da região Norte foram 446 mais 150, contabilizando 1.047 atendimentos registrados.  “Estava previsto inicialmente atendermos 500 pessoas, então ultrapassamos a meta em mais de 100%”, enfatizou.


Borges comentou que, após cada visita, foi produzido um relatório com os resultados e com as com as fichas sócio-cultural preenchidas pelos participantes para entregar à Funarte.  


“Entre os resultados também podemos destacar a divulgação dos escritores roraimenses. Assim queremos contribuir para o enriquecimento do acervo literário dos autores regionais e incentivar as cadeias criativa, mediadora e produtiva do livro, leitura e literatura”, frisou.


Para Borges, o que pode ser destacado de toda essa aventura literária é a troca de experiências e conhecimentos entre crianças, adolescentes e adeptos a livros. “Era muito bom quando ouvimos os participantes falar se  nós iríamos voltar, pois conseguíamos perceber a valorização do nosso trabalho”, lembrou.


Quem estiver interessado em obter mais informações sobre a Caminhada Arteliteratura e a biblioteca comunitária pode acessar o endereço eletrônico: www.caminhadaarteliteratura.blogspot.com. 


FUNARTE - O processo seletivo da Bolsa de Circulação Literária foi aberto pela Fundação Nacional de Artes (Funarte) a pessoas de todas as regiões brasileiras que desejam desenvolver atividades de fomento à área literária, como oficinas, cursos, palestras e programas de contação de histórias.


O projeto Caminhada Arteliteratura foi um dos contemplados entre os 50 projetos dos municípios atendidos pelo programa Territórios da Cidadania, do Governo Federal.


A ação foi realizada na Terra Indígena Raposa Serra do Sol e São Marcos e fora da região Norte, no Município de Palmares (PE), integrante do Território da Cidadania Mata Sul.

sábado, 25 de junho de 2011

Palmares e Novo Lino – boas lembranças da Caminhada Arteliteratura

Cá estamos, de volta a Boa Vista epois de passar uns dias fazendo nossa circulação literária no Nordeste do Brasil. Foram horas muito interessantes e produtivas, divulgando livros de Roraima de uma forma que, salvo grande engano, nunca havia acontecido.

Distribuímos 124 livros de autores roraimenses em sete escolas de Pernambuco e Alagoas. Gosto de considerar esta parte do trabalho do Coletivo Arteliteratura Caimbé como uma “exportação literária”, daquelas em que a cultura do Estado sai sempre ganhando.

Além dos livros de Roraima, entregamos nas escolas e na biblioteca de Palmares (PE) o cordel do escritor palmarense João de Castro, hoje radicado em Belém (PA). Ao saber que íamos para sua cidade natal, João enviou exemplares do “Água, vida água” para incluí-lo no kit literário.

Mexemos com a cadeia da literatura, livro e leitura em todos os segmentos: geramos renda para o autor (criação) e para a livraria (produção). Depois passamos o material para os futuros leitores, sempre precedendo esta ação de rodas de leitura, contação de histórias e declamação de poesias (mediação). O melhor de tudo, no entanto, é que nos divertimos e aprendemos muito.

Aqui em Roraima já estivemos em nove cidades e aldeias indígenas, promovendo atividades que estimulem pessoas de todas as idades a ter contato com a arte e a literatura.

Individualmente, vez ou outra damos um pulo Brasil afora para falar de nosso trabalho. Como grupo, esta foi a primeira viagem que fizemos para fora do Estado. E valeu muito. Pela vivência, nossos agradecimentos ao Ministério da Cultura, que selecionou nosso projeto na Bolsa Funarte de Circulação Literária 2010.


A primeira cidade que visitamos foi Palmares, no Território da Cidadania da Mata Sul de Pernambuco. A região sofreu uma grande enchente em 2010 e outra em maio deste ano. Pensávamos encontrar uma população abatida, mas achamos justamente o contrário. 


Exibir mapa ampliado

Palmares está se reconstruindo rapidamente e vibra, literalmente, todos os dias com um intenso movimento comercial e educacional. Pessoas de vários municípios estão todos os dias na cidade, que desde o século XIX desempenha importante papel na região. Tudo o que vimos contrariou o que lemos na internet e ouvimos das pessoas, inclusive em Recife. Palmares ainda se lamenta, mas não é um local derrotado.















Banquinha no centro, com venda de livros e literatura de cordel



Palmares, vista do outro lado do rio Una, na BR 101


Aqui havia um ginásio




Cadeiras escolares estragadas pelas enchentes em escola municipal




Rio Una



O que sobrou de uma casa à beira do Una, onde foi criado o escritor Adair J. Santos


Banquinho da parada de táxi na praça central





Antiga pracinha em frente à Prefeitura. Local teve de ser aterrado


Quando o rio Una transbordou, a biblioteca da cidade, na antiga sede do clube literário, perdeu todo o material armazenado durante décadas, incluindo jornais e livros de autores locais. Contudo, graças a doações de todo o Brasil, o acervo de literatura e material didático voltou a atender as necessidades da população. É claro que hoje o pessoal trabalha sob tensão do rio voltar a invadir a cidade. Por isso, alguns materiais raros ficam em caixas e pastas que facilitem sua retirada.


Material que ainda está sendo catalogado





Em algumas escolas a prática é a mesma. Livros e equipamentos eletrônicos ficam sob cuidados especiais. Pelo que ouvimos nas ruas, toda vez que chove muito o povo já fica apreensivo.

Mas vamos falar da Caminhada Arteliteratura em Palmares.



Nossos contatos iniciais foram Lael e Laelma Borba, pai e filha, que nos colocaram em contato com a primeira escola que atendemos. O professor Adalberone André Santiago também deu uma força para o grupo. Ele avisou representantes da Prefeitura sobre o nosso projeto, mas os dirigentes municipais não nos deram resposta sobre uma agenda em suas escolas. Nada que diminuísse nosso ânimo e nos impedisse de ampliar o alcance do projeto. Foi com o professor Adalberone que fizemos a viagem à cidade de Novo Lino, nas Alagoas, e interagimos com mais de 100 alunos do ensino médio.

Seu Lael com a dona Dora, sua esposa.


Em Palmares, estivemos nas seguintes escolas:

1.    Instituto Educacional Peter Pan





Linda criança


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2.    Escola de Referência em Ensino Médio dos Palmares






Estátua do poeta Ascenso Ferreira, orgulho de Palmares

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3.    Centro de Educação Dimensão

Esse garoto disse que o irmão mora em Roraima. É chão...







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4.    Escola Municipal Jayme de Castro Montenegro


Os fotopoemas e seus leitores






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5.    Colégio Nossa Senhora de Lourdes





Fotinha de despedida com a direção da escola


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6.    Escola Municipal Jader Carlos da Silva((clicando aqui você acessa o blog da escola)



A última turma da escola, os mais novinhos

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O previsto pelo projeto era fazer uma roda de leitura em cada lugar de Palmares. Terminamos fazendo nove rodas, com a contação de histórias, leitura de poesia, sessão de artes plásticas e entrega dos kits literários. Também levamos a mostra de fotopoemas “Curt@s  histórias e poesias”, com textos deste que vos escreve, Edgar Borges, e fotos de Zanny Adairalba e Edgar Borges Bisneto (sim, o nome é igual ao meu. O fotógrafo é meu filho, de 3 anos de idade.)

A partir dos professores do Instituto Peter Pan fomos contatando as demais unidades. Ao chegar em cada escola e iniciar as atividades, as crianças e adolescentes já entravam no ritmo e riam, liam e até cantavam. Muitas superavam a timidez e recitavam versos de cabeça ou lidos nos próprios livros que lhes entregamos. Várias nos surpreenderam pelo domínio da leitura em voz alta e pelo gosto demonstrado pela literatura. Entre os participantes havia moradores de diversos municípios: Palmares, Xexéu, Catende, Colonia Leopoldina (AL), Campestre (AL), Água Preta e Joaquim Nabuco.

 No final de nossa estadia em Palmares, depois de ter contabilizado 540 atendimentos nas rodas, já ouvíamos as frases que mais adoramos ouvir a cada vez que caímos na estrada:

- Vocês voltam quando?

e


- Que pena que não vão ficar mais dias. A escola tal adoraria receber vocês.

Explicávamos que Roraima fica do outro lado do Brasil, já no hemisfério Norte, e que viajar neste país é extremamente caro. Depois disso, acrescentávamos que estamos abertos a qualquer convite não oneroso que vier a ser feito. Afinal, estamos numa Caminhada Arteliteratura.

Fechando os seis locais em Palmares, pegamos, junto com o professor Adalberone, a estrada para as Alagoas. Em Novo Lino, a Caminhada Arteliteratura aconteceu na escola Estadual Antonio Gomes de Barros.

Ficheiro:Novo Lino.png
Localização de Novo Lino. Fonte: Wikipedia


Ladeiras de Novo Lino

Boia-fria


 






É muita terra para muita cana de açucar


A cidade é cortada pela BR 101 e fica a 84 km de Maceió. Lá fizemos duas rodas de leitura, atendendo cerca de 150 alunos do ensino médio, muitos deles moradores da zona rural.




Professor Adalberone, nosso guia em Novo Lino

Ruana, um poço de animação




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A turma nos recebeu muito bem, interagindo, brincando, lendo, cantando e ficando até bem depois do tempo normal de aulas. Conversamos sobre literatura, sobre aonde ela pode nos levar (no nosso caso, a Pernambuco e Alagoas sem pagar nada do bolso) e como um livro pode mudar as nossas vidas.

Foi bom, muito bom. Ainda mais por saber que há muitos devoradores de livros espalhados pelo interior do Nordeste.

Esperamos um dia voltar.